As unidades sanitárias de Moçambique são muito vulneráveis e expostas ao alto risco de ocorrência de ciclones e inundações.

A confirmação foi feita pelo especialista em infraestruturas de saúde do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat), Luís Vedor, durante a sua intervenção, esta sexta-feira (03.11), na mesa redonda 1 da conferência sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde.

Falando sobre o tema “Unidades sanitárias adaptáveis ao clima”, Luís Vedor fez saber que das 1778 unidades sanitárias existentes no país, 71 por cento da rede sanitária encontra-se em áreas de alto risco à perigos de ciclones, onde os ventos podem chegar a 200km por hora.

O especialista avançou, ainda, que 45 por cento desta mesma rede sanitária encontra-se em áreas com grande probabilidade de inundação, onde o nível pode superar o dois metros.

Para Luís Vedor, a má qualidade das construções, falta de planejamento adequado e falta de manutenção são alguns factores que concorrem para a referida vulnerabilidade.

Como recomendação, o especialista sugere a minimização de quebras no desempenho das infraestruturas de Saúde, bem como minimizar o tempo de resposta e de recuperação.

A conferência sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde tem duração de dois dias e decorre sob o lema Fortalecendo a resiliência climática em saúde com base em evidência e inovação científica.