As calamidades naturais que tem assolado o país comprometem o acesso aos serviços de saúde, com maior gravidade para os pacientes com doenças crónicas, como o HIV em particular.
Para reduzir a vulnerabilidade deste grupo é necessário padronizar Modelos Diferenciados de Serviços (MDS), para serem implementados em situações de emergência, minimizando a disrupção dos serviços.
A informação foi avançada esta quinta-feira, pelo médico Irénio Gaspar, afecto ao programa Nacional do Combate das Infeccoes de Transmissão Sexual/HIV no Ministério da Saúde (MISAU).
Falando durante a Sessão Paralela 2, subordinada ao tema: Lições aprendidas e experiências na definição e implementação de uma resposta resiliente ao clima para o HIV/SIDA rumo aos objectivos globais de 95-95-95, que decorre no ambito da Conferência de sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde, Gaspar referiu ainda que os MDS de eleição para o contexto de emergências são constituídos por brigadas móveis, dispensas dos anterotrovirais (ARVs) através dos agentes polivalentes de saúde e dispensa multi mensal dos ARVs.
Moçambique conta neste momento com 2.4 milhões de pessoas vivendo com o HIV.
A Conferência sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde decorre em Maputo e envolve várias temáticas de discussão relacionadas ao clima e Saúde.
O evento decorre em formato híbrido, sob o lema Fortalecendo a resiliência climática em Saúde com base em evidência e inovação científica, reunindo especialistas nacionais e internacionais na área do clima e Saúde.